Primeiro carioca a entrar em campo no Brasileirão 2019, o Botafogo tem a difícil missão de voltar a ser campeão depois de 23 anos, quando ganhou o título de 1995 em decisão com o Santos. O time era comandado por Paulo Autuori e tinha figuras de destaque como o goleiro Wagner e o artilheiro Túlio. O clube era presidido por Carlos Augusto Montenegro, diretor do maior instituto de pesquisa do país, o Ibope. Desde então, o Botafogo entrou em longo jejum.
RENOVAÇÃO – O Botafogo estreia no Morumbi, no único jogo das 16 horas deste último sábado (27) de abril, com o São Paulo, seis vezes campeão brasileiro – 77, 86, 91, 2006, 2007 e 2008 -, os três últimos sob o comando de Muricy Ramalho. Hoje, o time é dirigido pelo experiente Cuca, vice-campeão paulista de 2019, ao assumir o time na reta final do campeonato. O Botafogo trouxe de volta o carioca Eduardo Barroca, após demitir Zé Ricardo, eliminado das finais do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil.
DUAS RAZÕES – Barroca foi contratado por duas razões: trabalhou com 12 jogadores do grupo atual na campanha vitoriosa de 2016 em que o Botafogo foi campeão brasileiro sub-20, e é um técnico que o clube, em fase financeira difícil, podia pagar. O Botafogo teve prejuízo técnico e financeiro no estadual 2019, em que não chegou às finais, após ganhar o título de 2018, e foi o quinto em arrecadação e público, com média inferior a 25 mil pagantes, abaixo até do Bangu, que teve média de 43 mil.
O MAIS JOVEM – Cinco dias após completar 36 anos como técnico mais jovem do Brasileirão 2019, o carioca Eduardo Barroca – 22/4/1982 – se mostra otimista, ainda que só tenha tido menos de duas semanas para treinar o time: Gatito , Marcinho, Carli (cap), Gabriel e Jonathan;
Gustavo, Wenderson e João Paulo; Erik, Pimpão e Cicero. É com esta escalação que o Botafogo estreia neste sábado (27), sem Diego Souza, em recuperação, e depois fará dois jogos seguidos em seu estádio Nilton Santos, com Bahia e Fortaleza.
QUATRO NO RIO – Bom lembrar: o Brasileirão terá uma pausa para a Copa América, após a nona rodada. Depois dos jogos com Bahia e Fortaleza, o Botafogo terá mais quatro no Rio, com Palmeiras, Vasco (no Nilton Santos), Grêmio e Fluminense (no Maracanã),e sairá para jogar com Goiás e CSA de Maceió, ambos de volta à Série A. Na última rodada do Brasileirão 2019, o Botafogo jogará em seu estádio com o Ceará.
SEM MUDAR TANTO – O plano do Botafogo é de não mudar tanto de técnico quanto em 2018. O time iniciou com Alberto Valentim, que havia ganho nos pênaltis a decisão do Campeonato Carioca com o Vasco, passou menos de dois meses com Marcos Paquetá e terminou a temporada com Zé Ricardo. O time não correu risco e terminou em confortável nono lugar, somando 51 pontos em 13 vitórias e 12 empates, e perdendo 13 jogos. VOLTA DE PATO – No São Paulo, duas novidades: a estreia do meia Tchê Tchê, ex-Palmeiras, comprado do Dínamo de Kiev (Ucrânia), e a volta do meia-atacante Pato, que fez 38 gols em 101 jogos, em 2014 e 2015, emprestado pelo Corinthians, e que voltou da China, onde jogou no Tianjin Tianhai. Time – Tiago Volpi, Igor Vinicius, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Hudson, Tchê Tchê e Igor Gomes; Antony, Pato e Everton.
PRESENTE DO ÁRBITRO – São Paulo x Botafogo, jogo isolado da abertura do Brasileirão 2019, às 16 horas deste sábado (27), é o presente antecipado de aniversário do árbitro norte-riograndense Caio Augusto Max Vieira, que amanhã vai comemorar com a família, em Natal, onde nasceu, seu aniversário de 37 anos (28/4/1982). Caio é professor de Educação Física e desfruta de muito conceito na Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), agora presidida pelo ex-árbitro Sandro Meira Ricci.