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Os mais de 60 mil torcedores no jogo de volta, na próxima quarta (26), no Maracanã, farão toda a diferença. O apoio da Nação dará muita vantagem ao Flamengo para ganhar a inédita Recopa Sul-Americana. O Independiente del Valle foi ligeiramente superior no 2 x 2 da noite de ontem (19), no Estádio Olímpico Atahualpa, mas dois fatores influiram para que o Flamengo não rendesse tão bem: a ausência de Gabriel e a altitude de 2.850 metros.

BOA ATUAÇÃO – Mesmo em Quito, com a torcida e a altitude a favor, a boa atuação do Independiente del Valle não deixou de surpreender. Foi um time atento na marcação, que ocupou bem os espaços e explorou os contra-ataques em saídas muito rápidas. Mostrou alguns jogadores habilidosos, caso do meia equatoriano Jacob Murillo, de 26 anos, que marcou de canhota, em bela cobrança de falta, o gol do primeiro tempo aos 20 minutos.

VAR E O CHOQUE – Ao seu melhor estilo, em grande arrancada, Bruno Henrique deixou marcadores para trás e empatou aos 21. Logo depois, o VAR confirmou a decisão de campo, anulando bem o gol que Bruno Henrique marcou em impedimento. O choque com Jorge Pinos, goleiro equatoriano de 30 anos, foi em lance casual. O atacante deve se recuperar bem para a grande final da próxima quarta (26), no Maracanã.

A VIRADA – Quando Pedro aproveitou o cruzamento de Everton Ribeiro e fez o gol da virada aos 42, logo veio a impressão de que o Flamengo jogaria pelo empate na volta. No entanto, o Independiente del Valle ainda teve fôlego para não sair perdendo, o que seria injusto. Bem claro o pênalti de Rafinha em Jacob Murillo e firme a cobrança forte do meia argentino Cristian Pellerano, de 38 anos, no cantinho. Diego Alves até foi certo na bola.

SETE CARTÕES – Correta a atuação de Leodan Gonzalez, árbitro da Associação Uruguaia. Anulou com acerto o gol de Bruno Henrique e marcou bem o pênalti de Rafinha em Jacob Murillo. Aplicou sete cartões amarelos e penso até que aliviou Filipe Luis, que foi com o braço na cara de Caicedo, e poderia ter sido expulso. Inaceitáveis as reclamações de Rafinha e Gustavo Henrique. 

FLAMENGO – Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio (Thuler, 39 do segundo tempo), Gustavo Henrique e Filipe Luis; Arão, Gerson, Diego (Vitinho, intervalo) e Arrascaeta; Everton Ribeiro e Bruno Henrique (Pedro, 24 do segundo tempo). Técnico – Jorge Jesus. Rodrigo Caio saiu de maca e com expressão de dor. O tratamento intensivo poderá recuperá-lo do problema muscular na coxa para a decisão da próxima quarta (26).

SEM VANTAGEM – O 2 x 2 em Quito eliminou vantagem no jogo de volta. Em caso de outro empate, com qualquer placar, Flamengo e Independiente del Valle decidirão a Recopa Sul-Americana em pênaltis. Um ou outro ganhará um título inédito. O Flamengo, campeão da Libertadores, e o Independiente del Valle, campeão da Sul-Americana.

16 MILHÕES – O campeão da Recopa Sul-Americana ganhará 2 milhões de dólares, o equivalente a R$8.700 mil. O prêmio do perdedor é bem mais modesto: 750 mil dólares (R$3.400 mil). TRÊS BICAMPEÕES – Apenas três brasileiros ganharam duas vezes a Recopa Sul-Americana e o único duas vezes consecutivas foi o São Paulo, em 1993 e 1994O Grêmio, em 1996 e 2018, e o Internacional, em 2007 e 2011. Campeões uma vez, Cruzeiro (1998), Santos (2012), Corinthians (2013) e Atlético Mineiro (2014).

Foto: Alexandre Vidal / Flamengo