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O AL-AHLY, maior campeão do Egito, com 42 títulos, e da África, com 11, considerado pela Fifa em 2000 como clube africano do século, ganhou fácil do Al-Ittihad, campeão da Arábia Saudita, por 3 x 1, na noite desta 6ª feira (15), e será o adversário do Fluminense na primeira semifinal do Mundial de clubes, 2ª feira (18), no estádio Rei Abdullah Faissal, em Jeddah. O vencedor decidirá o título na próxima 6ª feira (22) com Manchester City ou Urawa Red Diamonds, do Japão.

OS QUE VIRAM o Al-Ittihad eliminar por 3 x 0 o Auckland, da Nova Zelândia, campeão da Oceania, com os gols de Romarinho, Kanté e Benzema, exaltaram a atuação do campeão saudita e representante do país-sede, afirmando que seria o adversário do Fluminense na primeira semifinal. Mas o Al-Ahly, participante pela 9ª vez do Mundial de clubes, 3º em 2006, 2020 e 2021, foi muito superior. E será adversário muito difícil para o Fluminense na semifinal.

DIRIGIDO DESDE setembro de 2022 pelo técnico suíço Marcel Koller, ex-meia de 63 anos, que só jogou no Grasshoper Club Zurich, de 1978 a 1997 – 428 jogos, 59 gols, 11 vezes campeão suíço e 5 vezes da Copa do Suíça -, o Al-Ahly (O Nacional, em egípcio) foi muito superior ao saudita Al-Ittihad, e já saiu para o intervalo com 1 x 0, gol de pênalti do lateral tunisino Al Maâloul, aos 21 minutos. Benzema teve a chance do empate aos 44, mas o goleiro Mohamed El-Shenawy, que 2ª feira (18) completará 35 anos, defendeu o pênalti que o atacante franco-argelino bateu no meio do gol.

NA VOLTA DO INTERVALO, o Al-Ahly intensificou o domínio e ampliou com o 2º gol do meia egípcio Hussein El-Shahat, de 31 anos, aos 14 minutos, com belo chute da entrada da área, e o 3º gol do meia egípcio Eman Ashour, de 25 anos, aos 17. Era tarde, quando Benzema se reabilitou da falha na cobrança do pênalti, e marcou o gol do Al-Ittihad aos 47 minutos, mas ainda assim os 50 mil torcedores sauditas, que lotaram o estádio, não deixaram de comemorar.

O ÁRBITRO Jesus Valenzuela, de 40 anos, venezuelano da cidade de Portuguesa, único sul-americano no Mundial de clubes de 2023, expulsou o atacante francês Anthony Modeste, de 35 anos, do Al-Ahly, que acertou a cara do zagueiro egípcio Ahmed Hegazy, de 32 anos, do Al-Ittihad, com um cotovelada, aos 45 minutos do 2º tempo. Ele saiu repreendido pelo técnico Marcel Koller, que já ganhou no Al-Ahly a Copa e a Supercopa do Egito e a Copa Africana de Nações.

BOM LEMBRAR: Fluminense e Al-Ahly, semifinalistas da próxima 2ª feira (18) no Mundial de clubes de 2023, voltarão a se enfrentar 62 anos após o único jogo que disputaram, o amistoso da 6ª feira, 26 de maio de 1961, no Estádio Nacional do Cairo, capital do Egito, ganho pelo Fluminense por 2 x 1, gols de Waldo e Telê, que só passou a ser tratado também pelo sobrenome Santana, ao assumir a seleção brasileira, como segundo técnico em duas Copas consecutivas (1982 e 1986).

Em pé: Clóvis, Jair Marinho, Edmílson, Altair, Castilho e Pinheiro.
Agachados: Calazans, Paulinho Omena, Waldo, Telê e Escurinho.

O TIME, NO 4-2-4 DA ÉPOCA: Castilho, Jair Marinho, Pinheiro (c), Clóvis e Altair; Edmilson e Paulinho (Jaburu); Calazans, Telê (Oldair), Waldo e Escurinho (Hilton Oliveira). Técnico – Zezé Moreira, recordista de jogos (497)no clube, campeão carioca de 51 e 59; do Rio-São Paulo de 60, e da Copa Rio de 1952, que a Fifa ainda não quis reconhecer como título mundial, embora tenha reconhecido o da Copa Rio de 51 do Palmeiras.

BOM DIZER: o Fluminense pode se classificar para decidir o Mundial de clubes de 2023, na próxima 6ª feira (22) com o vencedor de Manchester City x Urawa Red Diamonds, mas a semifinal de 2ª feira (18), com o Al-Ahly, campeão do Egito, será muito complicada para o campeão da Libertadores.

Fotos: Explosão Tricolor, Site Flunomeno