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Desde a belíssima festa de apresentação, em ambiente requintado e de altíssimo nível, com a presença de figuras da mais alta importância do país, a festa de lançamento do canal 577 da CNN Brasil, na noite de ontem (15), superou todas as expectativas. Pela estrutura de uma empresa com base sólida, é a certeza de que o país vai ganhar um modelo de Comunicação. CNN – a maior do mundo, agora no Brasil – é, sem dúvida, marco histórico.

FUTEBOL – O futebol ganhou espaço na estreia da CNN Brasil, com a entrevista de Monalisa Perrone, do primeiro time de âncoras do canal 577, com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, eleito em janeiro de 1989 e reeleito até 2015, mas obrigado a renunciar em 12 de março de 2012, desgastado com o governo federal. Foi substituído pelo vice José Maria Marin, preso, por corrupção, em maio de 2015 na Suíça, e ainda cumprindo pena em Nova York. 

RETALIAÇÃO – Aos 72 anos, com a saúde debilitada e aparentando mais idade, Teixeira disse ter sido alvo de retaliação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, por ter apoiado o Catar a promover a Copa do Mundo de 2022, e enfatizou: “Eu matei a Copa do Bill Clinton e ele sabe disso. Todos dizem que ele é vingativo e decidiu se vingar de mim. Fui também ameaçado pelo Blatter, então presidente da FIFA”. Blatter foi banido do futebol em 2015, pelo recebimento de milhões de dólares em propinas. Teixeira tentou se defender, mas foi inconsistente, evasivo, oco. Nada convincente.

FIFAGATE – Os problemas muito graves de Ricardo Teixeira com a Justiça americana, dura, implacável, começaram com a denúncia de outras 40 pessoas, após relatório de procuradores federais, de participação em esquema de suborno em torno de 150 milhões de dólares, no caso que ficou conhecido como Fifagate. Teixeira foi banido do futebol pela FIFA e obrigado a pagar multa equivalente a R$4.200 mil. 

SETE MILHÕES – Relatório de 2017 da FIFA revelou que Teixeira e Julio Grondona, ex-presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), morto em 30/7/2014, ganharam U$7 milhões do Catar pelos amistosos Brasil x Argentina. Os jogos foram intermediados por Sandro Rosel, presidente do Barcelona de 2010 a 2014. Ele foi preso em maio de 2017 por ordem do Supremo Tribunal da Espanha, sob suspeita de corrupção no clube.

ESQUEMA – José Hawilla, ex-repórter, dono da J.Hawilla, promoção e marketing, disse em 2013, em depoimento ao FBI, a Polícia Federal americana, que pagou U$10 milhões a Ricardo Teixeira e a Nicolás Leoz, presidente da Confederação Sul-Americana, braço do esquema de corrupção, pela publicidade estática, à beira do gramado, em todos os os jogos na América do Sul. Hawilla morreu em maio de 2018. Leoz, em agosto de 2019.

DESDE 2015 – Com mandado de prisão expedido pela Justiça americana, Ricardo Teixeira não pode entrar em países que tenham acordo de extradição com os Estados Unidos porque é preso ainda no aeroporto. A medida se estende a Marco Polo del Nero, de 79 anos, que sucedeu Marin e foi presidente da CBF até 2015. A FIFA o baniu em 27 de abril de 2018, acusando-o de receber propina de empresas de mídia e marketing.

Foto: Reprodução