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Caio Lucas / headtopics.com

O River Plate, campeão da Libertadores 2018, foi eliminado nos pênaltis (5 x 4) pelo Al Ain, campeão dos Emirados Árabes, depois de 2 x 2 na primeira semifinal do Mundial de clubes, na noite desta terça (18), diante de 23 mil torcedores, lotação completa do estádio Hazza bin Zayed, em Al Ain, a 160 km de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes. O Al Ain decidirá o título com Real Madrid ou Kashima, que farão a outra semifinal nesta quarta (19). O perdedor vai decidir o terceiro lugar com o River.

BOM JOGO – Logo aos três minutos o meia sueco Marcus Berg levou os torcedores do Al Ain ao delírio, ao marcar o primeiro gol, em grande estilo, por entre as pernas do goleiro argentino Franco Armani. O River fez a virada em cinco minutos, empatando aos 11 com o gol de Borré, após triangulação de Montiel, Palacios e Lucas Pratto, e 2 x 1 aos 16, quando Borré recebeu passe de Pity Martinez, em contra-ataque rápido, e finalizou cruzado, sem chance para o goleiro Khalid.

BRASILEIRO – O atacante paulista Caio Lucas empatou (2 x 2) para o Al Ain, aos seis do segundo tempo, após tabela com o lateral Shiotani e depois de driblar o zagueiro Maidana. A finalização foi rasteira, no canto do goleiro Armani. O River perdeu a chance da vitória aos 23, quando Pity Martinez acertou o travessão na cobrança do pênalti do lateral Ahmed no lateral Casco. Houve cinco minutos de acréscimos, mas os times não evitaram a prorrogação.100%

NOS PÊNALTIS – Os 2 x 2 se mantiveram no tempo extra de 30 minutos e foi grande a expectativa na cobrança de pênaltis, que o brasileiro Caio Lucas iniciou convertendo para o Al Ain. Na sequência, 1 x 1 Scocco. 2 x 1 Shiotani. 2 x 2 Quintero. 3 x 2 Ahbabi. 3 x 3 Lucas Pratto. 4 x 3 Amer. 4 x 4 Borré. 5 x 4 Ryan. O goleiro Khalid salou à esquerda, à meia altura e defendeu a quinta cobrança do River, de Enzo Perez, garantindo o Al Ain, campeão dos Emirados Árabes, na final do Mundial de clubes.

41 FALTAS, 7 CARTÕES – O árbitro italiano Gianluca Rocchi, 45 anos, nascido em 25/8/73, em Florença, a cidade das artes, apitou 41 faltas (21 do Al Ain) e mostrou sete cartões amarelos (4 para jogadores do River). Rocchi é da Fifa desde 2008 e está cotado entre os principais da Federação Italiana, onde atua desde 2004. O brasileiro Caio Lucas foi um dos três advertidos do Al Ain, por falta no zagueiro Pinola. 

CAIO LUCAS – Paulistano de 24 anos, 1,73m, Caio Lucas começou aos oito anos na escolinha do América, de Araçatuba e de 2005 a 2009 ficou na base do São Paulo, que o dispensou “por não ter tamanho para ser jogador”. Ainda abalado, tentou testes no Santos e no Palmeiras, que também não o aproveitaram. Um time japonês do Colégio de Chiba estava em excursão e Caio pediu uma chance. Entrou nos minutos finais e agradou, principalmente pelo toque de bola.

CONVIDADO a estudar no Japão, ele criou coragem e teve autorização dos pais. Apareceu a chance de um teste no Kashima e ele se apresentou. Após ser aprovado, tornou-se profissional em 2014, quando o time era dirigido por Toninho Cerezo, ex-meia da seleção. No ano seguinte, Caio foi campeão e artilheiro da Copa do Imperador, que o Kashima ganhou em 2015. Dois anos depois surgiu a chance de jogar no Al Ain, dos Emirados Árabes, que pagou três milhões de euros ao Kashima, e foi vice-campeão da Liga da Ásia em 2017, depois de 100 jogos e 27 gols pelo time japonês, que preferiu “por ter sido o time do Zico, meu ídolo”.

OUTRO DESTAQUE da primeira semifinal do Mundial de clubes foi o colombiano Borré, atacante que marcou os gols da virada (2 x 1) do River Plate, no tempo normal do jogo. Rafael Santos Borré, 23 anos, 1,74m, destro, nasceu em Barranquilla, norte da Colômbia, e começou em 2013 no Deportivo Cali, de onde saiu em 2015 para o Atlético de Madrid. Foi emprestado duas vezes, ao próprio Deportivo Cali e ao espanhol Villarreal, antes de ser comprado pelo River em 2017.