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A VITÓRIA SOBRE MARROCOS por 2 x 1, na noite deste sábado (17), no Estádio Internacional Khalifa, no Catar, deu à Croácia, pela segunda vez, o 3º lugar da Copa do Mundo, pelo mesmo placar da decisão de 98 com a Holanda, no sábado, 11 de julho, no Parque dos Príncipes, em Paris. A Croácia foi vice-campeã em 2018.

CROÁCIA E MARROCOS não saíram do 0 x 0 no jogo truncado da abertura da fase de grupos, em 23 de novembro, mas neste sábado (17) apresentaram futebol mais solto e técnico. Com dois gols de cabeça e um de rosca, o jogo foi decidido ainda no 1º tempo, mas as seleções mantiveram o ritmo na volta do intervalo.

A CROÁCIA fez 1 x 0 logo aos 7 minutos, com o gol de peixinho do zagueiro Josko Gvardiol, no ângulo direito, após receber assistência, também de cabeça, do meia Ivan Perisic, após a falta do meia Majer. O autor do gol usou máscara em todos os jogos, devido à fratura que sofreu no nariz pouco antes da Copa.

MARROCOS reagiu rápido e empatou aos 9 minutos, com o gol de cabeça do zagueiro Dari, também após cobrança de falta. O gol do bronze da Croácia, aos 42 minutos, foi de rosca, com o pé direito do atacante Mislav Orsic. O goleiro Bono se esticou todo, mas não tocou na bola, que bateu na trave esquerda e entrou.

COM OS TRÊS GOLS deste sábado (17), foram marcados 80 gols em 21 jogos de decisão do 3º lugar, desde a 2ª Copa, em 1934. O 3º lugar da 1ª Copa, em 1930, foi decidido no saldo de gols e ganho pelos Estados Unidos. A Alemanha é a que mais ganhou o 3º lugar, em 1934, 1970, 2006 e 2010. O Brasil ganhou em 1938 e 1978.

CROÁCIA, 3º LUGAR – Livakovic, Stanisic, Sutalo, Gvardiol e Perisic; Kovacic, Modric (c) e Majer (Pasalic); Livaja (Bruno Petkovic), Orsic e Kramarich (Vlasic). Técnico – Zlatko Dalic. Milhares de torcedores comemoraram na capital Zagreb, e em todas as cidades, apesar da temperatura de dois graus e do vento que aumentava o frio.

MARROCOS, 4º lugar pela primeira vez na história das 22 Copas do Mundo: Bono, Achraf, El Elyamiq (Amallah), Dari (Benoun) e Attiat-Allah; El Khannous (Ounahi), Ambarat e Sabiri (Chair); Ziyech, En-Nesyri e Boufal (Zaroury). Técnico – Walid Regragui. Ajoelhados no gramado, os jogadores agradeceram ao seu Deus Allah. 

CROÁCIA 2 x 1 MARROCOS registrou 44.137 pagantes no Estádio Internacional Khalifa, inaugurado em 1976 e remodelado entre 2014 e 2017. Árbitro Fifa desde 2013, Abdulrahman Al-Jassim, de 35 anos, marcou 24 faltas (13 da Croácia) e só advertiu com cartão amarelo os marroquinos Ounahi e Amallah.

  • A SELEÇÃO CROATA será recebida 2ª feira (19), no Palácio Ban, na capital Zagreb, pelo presidente Zoran Milanovic, de 56 anos, que convidou para a solenidade a ex-presidenta Kolinda Grabar-Kitarovic, de 54 anos. Ela estava no cargo e recebeu a seleção vice-campeã na Copa de 2018.
  • O PRÊMIO DA CROÁCIA pelo 3º lugar na Copa de 2022 é de 28 milhões de dólares (R$149 milhões). Marrocos ganhará 26.500 mil dólares (R$138.500 mil) pelo 4º lugar e a seleção será recebida pelo rei Mohammed VI, de 59 anos, no salão nobre do Palácio Dâr-al-Makhzen, verdadeira obra-prima da arquitetura islâmica.
  • A CROÁCIA é a 10ª seleção da Europa a ganhar o 3º lugar da Copa do Mundo de forma consecutiva, depois que o Brasil ficou com a posição na Copa de 1978 na Argentina, ao vencer a Itália por 2 x 1. Bom lembrar: a seleção brasileira, dirigida pelo técnico Claudio Coutinho, terminou invicta (4 vitórias, 3 empates).
  • O GOL DE CABEÇA do zagueiro Achraf Dari, de 23 anos, do Brest, 16º do atual Campeonato Francês, foi o primeiro sofrido pela Croácia em jogos com seleções da África, depois de 4 x 0 nos Camarões em 2014; 2 x 0 na Nigéria em 2018, e 0 x 0 com Marrocos na fase de grupos de 2022. 

+ O TÉCNICO Zlatko Dalic disse que “a história do Marrocos na Copa de 2022 é bem parecida com a da Croácia, vice-campeão em 2018, quando ninguém esperava que fosse tão longe”. Zlatko Dalic e o técnico francês Walid Regragui, que dirige a seleção marroquina há 15 meses se abraçaram de forma bem afetuosa após o jogo.

+ O LATERAL-DIREITO Achraf Hakimi, de 24 anos, nascido na Espanha, naturalizado marroquino e que joga no PSG, liderou a revolta dos jogadores contra o árbitro. Ele  também conseguiu convencer os companheiros a que não assistissem a entrega das medalhas aos jogadores da Croácia, e se retiraram juntos do gramado.

Fotos: R7 Esportes, JC Online, Divulgação Fifa pelo Twitter