O Flamengo teve atuação decepcionante, sem criatividade e sem chutar em gol, na derrota por 2 x 1 deste penúltimo domingo (24) de janeiro para o Athletico Paranaense, na Arena da Baixada, e só não foi goleado porque o goleiro Hugo fez três boas defesas no primeiro tempo, antes do lateral Abner abrir o placar aos 25 minutos, sem deixar a bola cair, após cruzamento longo de Nikão. O empate, aos 34, foi com o gol de cabeça do zagueiro Gustavo Henrique, após cobrança de falta de Arrascaeta.
RENATO KAYZER, atacante de 24 anos, formado na base do Santos e do Vasco, fez o gol da vitória do Athletico Paranaense, aos 38 do segundo tempo, na pequena área, após cruzamento do lateral Khellven e leve desvio do meia Jadson. O contra-ataque foi em altíssima velocidade, pela direita, sem que o lateral Filipe Luis pudesse conter a arrancada de Khellven. Essa foi a jogada mais utilizada pelo Athletico, que também segurou o Flamengo, em boa parte do jogo, com troca inteligente de passes.
SETE PONTOS – Mesmo com um jogo a menos, que disputará na próxima quinta (28) com o Grêmio, em Porto Alegre, o Flamengo ficou mais distante do bicampeonato, a sete pontos do Internacional, em rodada em que o líder foi o único dos seis primeiros a vencer. O vice-líder São Paulo (58) empatou, e o Flamengo, terceiro (55); Atlético Mineiro, quarto (54); Palmeiras, quinto (51) e o Grêmio, sexto (51), perderam. Foi a oitava vitória consecutiva do Internacional, mais perto do título.
TOLERANTE – O Flamengo poderia ter voltado do intervalo com as mudanças que só fez a partir dos 26 minutos, quando tirou Everton Ribeiro e Gabriel, apagados, e colocou Pepê e Pedro, que também não renderam. Tolerante com a pouca produção, o técnico Rogerio Ceni só tirou Arrascaeta aos 34, entrando Rodrigo Muniz, e aos 41, já tarde demais, colocou Mateuzinho e Michael, que nada acrescentaram, saindo o lateral chileno Isla e o meia Vitinho, que também não renderam.
REENCONTRO – Quinze anos depois de terem comemorado juntos a Libertadores e o Mundial de clubes, que o São Paulo ganhou pela terceira vez em 2005, após o bi em 92-93 com Telê Santana, o técnico Paulo Autuori e o ex-goleiro Rogerio Ceni, em seu décimo quinto jogo como treinador do Flamengo, se reencontraram à beira do gramado e trocaram gentilezas. Foi o jogo 22, entre os times, em Curitiba, com 3 vitórias do Flamengo, 6 empates e 13 vitórias do Athletico, que não vencia desde 2018.
ATHLETICO – Santos, Jonathan (Kellven), Pedro Henrique, Tiago Heleno e Abner; Richard (Zé Ivaldo), Christian (Alvarado) e Canesin (Jadson); Nikão, Renato Kayzer e Carlos Eduardo (Vitinho). O tricampeão paranaense está em décimo primeiro com 42 pontos em 32 jogos – 12 vitórias, 14 derrotas, 6 empates, saldo negativo de dois gols (29 a 31) – e o próximo jogo será domingo (31) com o Ceará, na Arena Castelão, em Fortaleza.
FLAMENGO – Hugo, Isla (Mateuzinho), Willian Arão, Gustavo Henrique e Filipe Luis; Doego, Gerson, Everton Ribeiro (Pepê) e Arrascaeta (Muniz); Vitinho (Michael) e Gabriel (Pedro). O campeão carioca está em terceiro com 55 pontos em 31 jogos – 16 vitórias, 8 derrotas, 7 empates, saldo de 12 gols (53 a 41) – e o próximo jogo será quinta (28) com o Grêmio, na Arena Grêmio, em Porto Alegre.
DOIS CARTÕES – O árbitro Leandro Pedro Vuaden, da Federação Gaúcha, marcou 31 faltas (20 do Athletico) e só aplicou dois cartões amarelos, no lateral Jonathan, aos 27 do primeiro tempo, por falta em Vitinho, e no atacante Nikão, aos 24 do segundo tempo, também por falta em Vitinho. Nenhum jogador do Flamengo foi advertido. Athletico 2 x 1 Flamengo foi disputado com tempo bom em Curitiba.
Foto: RODOLFO BUHRER / REUTERS