Foto: UOL Esporte
O Flamengo termina 2018 como um vice-campeão que pagou muito caro por duas derrotas, ambas por 1 x 0, em pleno Maracanã. A primeira foi para o São Paulo, que o tirou da liderança quando o campeonato recomeçou após a Copa, e a segunda para o Ceará, em uma das manhãs mais lindas de domingo do ano, quando a Nação lotou o estádio. Desde então, o Flamengo não recuperou o comando, o que talvez houvesse conseguido se não demorasse na troca do técnico.
A SUBIDA – O Flamengo não chegou a ser um primor desde que Maurício Barbieri saiu e Dorival Júnior assumiu, mas, pelo menos, ganhou formato de time cuja presença se via com desenho mais claro em campo. O Flamengo era falho na marcação, lento na saída da defesa para o ataque e nada criativo, mesmo nos jogos em que exerceu mais domínio. O time voltou a passar confiança à torcida com a troca de técnico. Foi sempre um time mais determinado e firme na inciativa de ganhar.
Foto: Bruno Haddad / Cruzeiro E.C.
EXIBIÇÃO – Em seu último jogo como visitante, a exibição na vitória deste último domingo (25) de novembro, no Mineirão, foi de encher os olhos, diante de adversário de muita qualidade, que o Flamengo envolveu na maior parte do jogo. Sem deixar de ressaltar a atuação e os gols de Everton Ribeiro, com a “caneta“ antes de marcar o primeiro, e o chute preciso de fora da área, no segundo, é preciso que se destaque a afirmação de Cesar, um goleiro firme e de muita personalidade.
DOMÍNIO – O Flamengo venceu sete vezes como mandante, conseguiu sete empates e sofreu cinco das sete derrotas. Nos 2 x 0 deste domingo, impôs ao Cruzeiro a quarta derrota no Mineirão, onde o campeão mineiro não marcou pelo quarto jogo. Mais um motivo para se destacar que Cesar, com defesa no ângulo, em chute longo de Edilson, Pará e Rodolfo, quase sobre a linha, evitaram gols, mostrando o bom posicionamento e a cobertura da defesa.
O FLAMENGO vai sair do campeonato como vice, com números que se não chegam a ser perfeitos, deixam claro a evolução de um time que teve determinação e soube manter a esperança até (quase) a última rodada. Por isso, a Nação deve tributar aos seus jogadores, no encerramento da temporada, domingo (2), no jogo com o Atlético Paranaense, no Maracanã, o reconhecimento pela evolução que a equipe mostrou desde que passou a ter outra orientação técnica.
BEM BOLADA – Ainda que com um tom apimentado de provocação, não pode passar sem registro a faixa que os torcedores mineiros estenderam ontem na parte de baixo do estádio: “Nossos cumprimentos à torcida do Flamengo, a segunda maior torcida de Minas Gerais”. Os cruzeirenses estão de parabéns pela criatividade. Futebol, como tudo na vida, pede que a inteligência esteja sempre em primeiro lugar.